terça-feira, 31 de março de 2009

U2?! Me2!!


Bom, começo por dizer que a foto de cima foi tirada a cerca de 100 metros da minha casa e que as paisagens lunares que fazem parte do complexo industrial da CUF e que se inseriam na antiga fábrica de gessos e que captaram a atenção do fotógrafo holandês Anton Corbjin, que trabalha com a banda e referiu serem estas a sua maior inspiração, fazem parte da paisagem das minhas traseiras. O Expresso, que na altura dedicou 2 páginas a este bizarro acontecimento, com várias fotos tiradas no Barreiro, chega mesmo a dizer (tal era a procura por aqueles cenários) que "a antiga CUF está a transformar-se num cenário hollywoodesco.". Só o facto de surgirem incluídas numa mesma frase as palavras "CUF" e "hollywoodesco" já me trás lágrimas aos olhos... depois disto axo que o dito "depois que vi um porco andar numa bicicleta já acredito em tudo" será merecida e justificadamente substituído por "Depois que vi os U2 no Lavradio a tirarem fotos para o seu album já acredito em tudo".


Intriga-me apenas o facto de que em "Vertigo", cujo vídeo foi filmado nas tais paisagens lunares da antiga fábrica de gesso, a certa altura a letra reze assim:


" I'm at a place called Vertigo (dónde estás?) It’s everything I wish I didn’t know... "

ps: acho que amanhã dou ali um pulinho para tirar uma foto igual aos U2!

domingo, 29 de março de 2009

Britcom wisdom


" It is better to be in the biggining of a ladder that you want to climb then in the middle of one that you don´t ? "


Dawn, The Office

segunda-feira, 23 de março de 2009

O fim-de-semana como ele deveria ser sempre!



Aí está, se me dissessem que todos os meus fins-de-semana seriam passados com amigos, no Algarve, a ver o Benfica ganhar troféus, eu seria um homem satisfeito!

quinta-feira, 19 de março de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Domingo no parque...



Diz que me amas... sopra-o mesmo que num segredo de Estado, pega num galho e escreve-o no chão mesmo que depois o varras com o pé, aponta-me as copas de uma manilha num sorriso maroto mesmo que depois as esmagues no tampo da mesa para ganhar a vasa...




- Josefa, as malditas favas complicaram-me no estômago, tou c´uma azia dos diabos...




Perdi-me algures de ti numa solidão de farol apagado, tento alcançar-te e no entanto sempre quilómetros, por mais que eu em dedos dos pés e braços esticados como se tu a caixa das bolachas na terceira prateleira, não te consigo alcançar...




- Eu perguntei-te se preferias ovos escalfados mas disséste que te faziam mal ao fígado...




Admira-me por olhos emprestados de adolescente numa paixão de Verão, espreita-me por entre o fumo que dança para lá das febras no grelhador como nos bailes de Santa Quitérias, escreve-nos com a tua navalha num castanheiro envoltos num coração de cortiça marinado em resina, palma a minha mão num sobressalto de carteirista e pousa-me na relva para ver o lago dormir... luta por mim que não me perdes mas só assim eu me ganho...




- Já passa das três. Vamos andando que prometi à Ti´Guida ver o cano solto da cozinha e depois tenho dominó no Recreativo.




E gritaria que te amo num fulgor de locomotiva se não convencido que tu já surda para mim, se no teu olhar vazio de côr não apenas visse a solidariedade dormente de quem acompanha um caixão, se não convencido que tu desiludida numa consternação de condenada a subir os ultimos degraus do cadafalso...


- Queres ir então?




Diz por favor que me amas, di-lo agora neste manto ondulante de seda azul... não vires as costas, peço-te... olha-me, passa a mão no meu cabelo e morde-me a orelha enquanto mo dizes, vamos fingir que fugimos de todos e estamos novamente por trás do barracão das armas do meu pai onde mo disséste pela primeira vez... não me roubes este momento que eu sou tão tua e tu tão pouco meu...




- ... Vamos.


segunda-feira, 16 de março de 2009

Xalana "O inconformado"



É com regozijo que vos apresento Xalana, o rafeiro que todos os cães temem e que as cadelas julgam que conseguem mudar! Repare-se no poderio da galopada, no olhar destemido, na extensão do seu fiambre!

sábado, 14 de março de 2009

My Favourite Game



I don't know what you're looking for
you haven't found it baby, that's for sure
You rip me up and spread me all around
in the dust of the deed of time

And this is not a case of lust, you see
it's not a matter of you versus of me
It's fine the way you want me on your own
but in the end it's always me alone

And I'm losing my favourite game
you're losing your mind again
I'm losing my baby
losing my favourite game

I only know what I've been working for
another you so I could love you more
I really thought that I could take you there
but my experiment is not getting us anywhere

I had a vision I could turn you right
a stupid mission and a lethal fight
I should have seen it when my hope was new
my heart is black and my body is blue

And I'm losing my favourite game
you're losing your mind again
I'm losing my favourite game
I've tried but you're still the same
I'm losing my baby
you're losing a saviour and a saint

My Favourite Game,
The Cardigans

Eterno retorno...


- Porque receias conquistar-me?


- Porque aí começar-te-ei a perder...


- Que planeias fazer então?


- Sorrir até chorar...

A nova menina dos meus olhos... literalmente!



Agora é só saír por aí a assassinar momentos...

Monstra 2009

Idiots & Angels (Bill Plympton, USA)

Nos anos anteriores tive curiosidade mas acabava por não ir... desta vez fui e gostei! Hoje é a festa de encerramento no S. Jorge, portanto para quem como eu adora cocktails e freaks não há melhor!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Tiro e queda...



E ali ensináste-me a perder... ali naquele banco de jardim, altar de pedra onde o nosso amor cordeiro foi sacrificado pela lâmina aguçada do teu não dá mais... e de repente eu já não ali contigo, eu a observar como as árvores nunca crescem iguais, a recordar-me das palmeiras no campo das cebolas que em prontidão de espanadores sacudiam das nuvens o fumo do escape da charrete amarela que antes de te mudares para Lisboa te trazia da Portela até mim, eu agora a sentir a Casa dos Bicos avançar encorralando-me contra os cargueiros no porto... tu a recordares-me de discussões, a justificares o teu não dá mais com episódios passados, a escalpelizar-nos no tom monocórdico e detalhado com que o meu professor de História do 9º ano relatava a queda do império romano, que tal como o nosso amor nunca haveria de conquistar o mundo... tu nos teus por isto, por aquilo e aqueloutro e eu detido no teu olhar de quem resiste como uma mulher mas acaba sempre por quebrar como uma menina em choro de berlindes, eu atento às tuas mãos numa magreza de quem jejuou durante dias a preparar junto do espelho um ponto final, onde as unhas num verniz desastrado deixavam adivinhar uma tentativa nervosa de compostura e assertividade como os primeiros passos de um bebé... eu a ver-me escorregar por entre a clivagem dos teus seios e a sentir o tremor dos teus tornozelos em pernas que já não sabiam abrir senão para me hospedarem, morada que sempre me aguardava apesar de todas as outras que clandestinamente visitava, pois que a mulher perfeita não se faz senão de muitas e onde a minha sede de ti não se renovava senão bebendo de outras fontes... ouvia então o teu sermão num arrependimento arrogante pendurado no meu beiço de menino mimado cujas traquinices sem maldade te foram desgastando como a valsa lenta das ondas que engolem as dunas da caparica... terminado o discurso e só então me olhaste nos olhos, num olhar pétreo que me trespassou, num orgulho guerreiro de William Wallace sobre o campo de batalha de Falkirk pejado de ingleses... como se ali tivésses aprendido a não ceder, a não mais chorar, a vencer... quanto a mim, era apenas mais um ralhete e certamente umas lágrimas jurando arrependimento enxugadas com juras de redempção e um jantar a dois no italiano ali como quem vira para a Estrela mas não chega a virar, te devolveriam imediatamente a mim numa travessa... na manhã seguinte lá estarias tu com um sorriso apaixonado de adolescente, vestida com a minha camisa de flanela, a fazer-me uma omelete de queijo com tiras de bacon frito e eu beijando-te a testa numa promessa de reinício gasta como a memória da minha avó Teresa que, desde que o meu avô Abílio bateu a bota vai para três anos, iniciou um caso com um alemão, um tal de Alzáimer que nunca vi mas com quem, segundo a D. Alzira que vai lá aquecer-lhe um chá de tília e cuidar dos piriquitos, passa o dia a conversar. Depois de entregar a minha encomenda a uma nova rica que conheci outro dia numa cervejaria fina para os lados da Lapa, recém-casada com um capitão cuja vida passada no alto-mar me permite entrar pela porta da frente sem receios de fuga pela janela com as calças na mão, dirigi-me para o teu 3º andar em Arroios, desviando-me a custo da chuva meteórica de velhos e prostitutas que se me atravessavam em contra-mão na Almirante Reis... trriiimmm...e nada... trrriiimmmm trrrrriiiiiimmmmmmm... e novamente nenhum sobe fofo pela rouquidão do intercomunicador... a moça da Veste Brasil a dizer que te viu sair apressada a tropeçar num trolley...ok, foi ver a mãe à terra... dei uma semana e como o sobe fofo continuava mudo liguei para a tua mãe que nunca me suportou e que entre os deixa a minha filha em paz seu porco e as ameaças de que os irmãos dela se te apanham espetam-te com um ramo de oliveira pelo cu e poem-te sal grosso e vinagre para te aliviar a dor, lá me confirmou que desde que havias discutido com ela ao telefone porque sempre te repetia que eu era má rés, nunca mais havia sabido nada de ti... na agência o teu patrão explodia em cogumelos nucleares detonados por todo o trabalho que havias deixado por fazer e ela que não me apareça mais à frente ouviu... nada, nenhum rastro, nem migalhas de ti, nem sequer um pedaço de tecido preso num galho, e então eu a caír em espiral numa aflição asmática e todos os dias a tocar no 3º andar de Arroios, a ligar para a casa da tua mãe que desligava ao ouvir a minha voz, a passar pela agência onde o teu patrão já arranjámos uma nova empregada, a procurar-te nos queques e meias-de-leite da Jóia do Chile, nas montras da Guerra Junqueiro, no 28 da Portela, no bater de asas das gaivotas no Cais das Colunas... e nada... eu sem fome, sem sono e a maldita espiral a afunilar... e então a procurar-te na caçadeira do meu falecido avô guardada no armário... e ali, eu que só me encontrava quando me perdia noutras saias, perdi-me para sempre por não mais encontrar a tua...

terça-feira, 3 de março de 2009

Annie Leibovitz

Sou bem mais adepto do real que da ficção e como tal, também na fotografia, sou mais facilmente atraído pelo momento que acontece e não pela manipulação... mas admito que o trabalho desta senhora me prendeu o olhar!