sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Hein?!

É certo e sabido que o português é profícuo no que toca a introduzir pequenas nuances no que na sua essência é o mesmo. Um pouco ao jeito do investigador (salvo as devidas distâncias e a ligeireza da analogia) que, tendo por base determinado estudo, lhe altera uma qualquer variável e siga para bingo na ilusória busca do novo, no que essencialmente em pouco difere da sua base. Ora que talvez os maiores exemplos do que lhes digo sejam o bacalhau e o café. dirijo-me agora apenas ao segundo, fruto de um pedido que certo anónimo companheiro de travessia do Tejo fez à empregada do bar. Eu posso até compreender e aceitar o garoto, o carioca, a italiana, o curto e o longo... confesso que já olho de soslaio para o pingado e o com cheirinho... agora o que me foge por completo à compreensão, o que desde então se me invade o cogito fundindo-me as sinapses como um absurdo é:

SOB QUE PRETEXTO, FRUTO DE QUE ENCADEAMENTO LÓGICO OU ILÓGICO DE IDEIAS, VÍTIMA DE QUE MOTIVAÇÃO PRIMÁRIA OU EM SACRIFÍCIO DE QUE DEUS(ES), ALGUÉM PEDE UM CAFÉ COM CHÁVENA A ESCALDAR??!!!

Eu não chego lá...sugestões?

1 comentário:

Debora disse...

Eu explico: há pessoas que só gostam do café mesmo, mesmo quente Por ex., a minha mãe. Desde que me entendo por pessoa q a ouço a pedir o café com a chávena escaldada, e um dia ela explicou-me porquê: enquanto o empregado tira o café, põe a chávena em cima do pires, vai buscar a colher e o açúcar, põe o café na bandeja e o leva à mesa (entretanto se tiver muitos pedidos vai tirando cafés até a bandeja ficar cheia, e o primeiro café a arrefecer..), já não está quente (ou mesmo, mesmo quente). Assim, se escaldar a chávena, como o café fica mais quente, mesmo que arrefeça, até chegar a ti só tem tempo de arrefecer até ao normal. Percebeste? :)