quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Somebodies!


Porque nos dias que correm parece por vezes existir uma certa aversão ao aprofundar das questões, à reflexão, que não é um simples meio mas encerra um fim em si mesma. Porque hoje em dia parecemos apostar no saber um pouco sobre tudo em detrimento de ir sabendo muito sobre esses poucos. Porque nos contentamos com meios conhecimentos e coleccionamos opiniões e julgamentos ocos. Porque por entre a comida rápida sem riqueza e a comida light sem sabor, cedemos tantas vezes ao pensamento apressado sem suporte, como se algo mais importante houvesse do que conhecer, perceber, aprender. Como André Malraux referiu, o que nos distingue é essa capacidade de extrair significados de entre a profusão do nada. Mesmo a mais elevada das emoções como o amor só percebe o seu valor quando sobre ele debruçamos a nossa reflexão, porque o coração bate mas é o cérebro que nos traduz o que ele diz.


Por tudo isto quero relembrar um dos nossos maiores pensadores, um conquistador tão meritório como Colombo ou Vasco da Gama. A diferença é que este se aventurou por oceanos bem mais extensos, aqueles que residem sempre mais recônditos dentro de nós.




Agostinho da Silva

“O que a vida apresenta de pior não é a violenta catástrofe, mas a monotonia dos momentos semelhantes; numa ou se morre ou se vence, na outra verás que o maior número nem venceu nem morreu: flutua sem norte, sem esperança. Não te deixes derrubar pela insignificância dos pequenos movimentos e serás homem para os grandes; se jamais te faltar a coragem para afrontar os dias em que nada se passa, poderás sem receio esperar os tempos em que o mundo se vira.”

Cogito Ergo Sum


2 comentários:

Maria Escandalosa disse...

"Realidade é apenas uma ilusão, ainda que muito persistente." - A. Einstein

messy disse...

esta deve ser uma das nossas (humanidade) verdades duras de roer! ;) ;)