Antes de mais quero emprestar um tom bastante sério ao tema do texto que se segue, portanto quero desde já fazer a ressalva que, mesmo recorrendo à hipérbole e ao sarcasmo, por trás do que direi se esconde sempre uma preocupação bastante séria e que, admito, geradora até de um grande desconforto interior.
Antes demais quero lançar uma questão que me assombra ao ponto de achar que seria de todo o interesse nacional incluí-la nos próximos Censos a realizar pelo Instituto Nacional de Estatística e que é:
É facto ou mito que existem e polulam entre nós sujeitos com idades acima dos 15/16 anos que (não sendo adeptos de cosplay, que é aquela coisa onde pessoas que diariamente disfarçam, muitas de forma crédula, não terem qualquer perturbação mental ,se reúnem em grupos e reuniões onde se mascaram de personagens do universo animado...levando-se a sério) sendo submetidos voluntária ou involuntariamente (algum irmão mais novo que fez chantagem do tipo "se não me levas a ver o que quero conto aos pais que fumas")ao visionamento do primeiro filme desta saga(?!) gostaram, são fãs e salivam para ver a sequela?
Eu vi o filme... enfim uma noite fria, as pessoas decidem ficar por casa, a ver algo entretidinho... ou seja, algo que não nos adormecesse, mas que também não interessaáse... enfim, apenas uma moldura para possibilitar uma crescente troca de mimos até descambar em sexo e pronto estava feita a noite. Ora tudo ía bem encaminhado até o tal rapazinho que passa todo o filme a esfregar-nos na cara que tem algo a esconder (não vá o publico mais desatento não apanhar) é anti-social, introspectivo e de olhar fabricadamente profundo (é impressão minha ou acabei de definir a expressão cliché?) se decidir a parar uma pick-up com os punhos para salvar a miúda assustada que solta gemidos orgásmicos de sílaba em sílaba. Comecei então a perceber que desde "Os tomates assassinos" não assistia a algo que, como diria John Stewart "it´s not that it´s bad... but it hurts". Também é verdade que "Os tomates assassinos" nunca pretenderam ser levados a sério, ao contrario desta versão com dentes afiados dos morangos com açucar. Mas faça-se justiça, que desde o cómico absurdo dos célebres Monty Pithons, poucas terão sido as cenas que lhes terão feito frente como aquela onde o rapaz pega na sua amada, coloca-a às cavalitas e toca de subir a montanha a uma velocidade supersónica sem nunca perder a sua postura de modelo que enquanto se exibe para a moça aproveita para vender o merchandising ao publicozinho.
Sou-vos sincero, o filme fez-me feliz, rimo-nos como uns perdidos, como há muito não o fazia, ao ponto de perguntarem "De que se estão a rir? Isso não é uma comédia." Mas minha gente, convenha-mos... é que o tipo coloca a miúda às cavalitas e corre pela serra acima a 100km/h... será que eles não podiam dar as mãos e caminhar? Porque não uma confortável mesa de café ou, se o objectivo era estar em contacto com a natureza, um pic-nic à beira do lago em lugar de subir para cima de galhos ao frio? Um anti-social com ar de James Dean que tem um segredo e uma miúda que se sente deslocada e não tem uma relação fácil com o pai que se atraem talvez porque se compreendam e acabam por ver o seu tão grande amor ameaçado por um outro adolescente que também ele vampiro mas que no final não pode nada contra um tipo que pára pick-ups com dois dedos enquanto ajeita a popa e onde no final esse grande amor triunfa... a sério que isto vende? A sério que o absurdo não é o que o faz vender mas que há de facto quem veja um tipo com uma miúda às costas a escalar uma montanha de patins como algo de belo, original e não apenas alvo da mais profunda gargalhada e no final, quando mais consciente e analítico, um profundo pesar por tal ideia?
Admito, tal fenómeno deixa-me sem palavras...
Antes demais quero lançar uma questão que me assombra ao ponto de achar que seria de todo o interesse nacional incluí-la nos próximos Censos a realizar pelo Instituto Nacional de Estatística e que é:
É facto ou mito que existem e polulam entre nós sujeitos com idades acima dos 15/16 anos que (não sendo adeptos de cosplay, que é aquela coisa onde pessoas que diariamente disfarçam, muitas de forma crédula, não terem qualquer perturbação mental ,se reúnem em grupos e reuniões onde se mascaram de personagens do universo animado...levando-se a sério) sendo submetidos voluntária ou involuntariamente (algum irmão mais novo que fez chantagem do tipo "se não me levas a ver o que quero conto aos pais que fumas")ao visionamento do primeiro filme desta saga(?!) gostaram, são fãs e salivam para ver a sequela?
Eu vi o filme... enfim uma noite fria, as pessoas decidem ficar por casa, a ver algo entretidinho... ou seja, algo que não nos adormecesse, mas que também não interessaáse... enfim, apenas uma moldura para possibilitar uma crescente troca de mimos até descambar em sexo e pronto estava feita a noite. Ora tudo ía bem encaminhado até o tal rapazinho que passa todo o filme a esfregar-nos na cara que tem algo a esconder (não vá o publico mais desatento não apanhar) é anti-social, introspectivo e de olhar fabricadamente profundo (é impressão minha ou acabei de definir a expressão cliché?) se decidir a parar uma pick-up com os punhos para salvar a miúda assustada que solta gemidos orgásmicos de sílaba em sílaba. Comecei então a perceber que desde "Os tomates assassinos" não assistia a algo que, como diria John Stewart "it´s not that it´s bad... but it hurts". Também é verdade que "Os tomates assassinos" nunca pretenderam ser levados a sério, ao contrario desta versão com dentes afiados dos morangos com açucar. Mas faça-se justiça, que desde o cómico absurdo dos célebres Monty Pithons, poucas terão sido as cenas que lhes terão feito frente como aquela onde o rapaz pega na sua amada, coloca-a às cavalitas e toca de subir a montanha a uma velocidade supersónica sem nunca perder a sua postura de modelo que enquanto se exibe para a moça aproveita para vender o merchandising ao publicozinho.
Sou-vos sincero, o filme fez-me feliz, rimo-nos como uns perdidos, como há muito não o fazia, ao ponto de perguntarem "De que se estão a rir? Isso não é uma comédia." Mas minha gente, convenha-mos... é que o tipo coloca a miúda às cavalitas e corre pela serra acima a 100km/h... será que eles não podiam dar as mãos e caminhar? Porque não uma confortável mesa de café ou, se o objectivo era estar em contacto com a natureza, um pic-nic à beira do lago em lugar de subir para cima de galhos ao frio? Um anti-social com ar de James Dean que tem um segredo e uma miúda que se sente deslocada e não tem uma relação fácil com o pai que se atraem talvez porque se compreendam e acabam por ver o seu tão grande amor ameaçado por um outro adolescente que também ele vampiro mas que no final não pode nada contra um tipo que pára pick-ups com dois dedos enquanto ajeita a popa e onde no final esse grande amor triunfa... a sério que isto vende? A sério que o absurdo não é o que o faz vender mas que há de facto quem veja um tipo com uma miúda às costas a escalar uma montanha de patins como algo de belo, original e não apenas alvo da mais profunda gargalhada e no final, quando mais consciente e analítico, um profundo pesar por tal ideia?
Admito, tal fenómeno deixa-me sem palavras...