Talvez que o fim ultimo e unico da arte contemporânea, seja qual for a sua forma, já não se centre de facto na dialética entre feio e bonito, mas busque sobretudo a excitação das emoções e dos sentidos... talvez que a sua maior beleza e riqueza resida não na resultante do acto artístico, mas nesse processo catártico onde o artista (e porque não o seu publico?), através dum acto de sublimação, projecta as suas sombras, angustias e desejos na sua escrita, pintura, musica, fotografia... talvez que a arte, permitindo-nos esse desequilibrio "controlado", seja em si um dos mais eficazes e engenhosos mecanismos homeoestáticos, contribuindo dessa forma para o bem-estar do individuo, desempenhando assim, e através da democratização do seu ensino e do seu consumo, a função de pilar essencial em qualquer sociedade.
E talvez por isso não haja nada de grotesco no grotescto de Joel Peter Witkin:
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3 comentários:
Sem dúvida! Não digo em tudo (e de mim falo) porque tenho uma cabeça particularmente engenhosa pra inventar histórias que num lembram a ninguém, mas sobretudo o que escrevo e parte do que desenho, tem alguma coisa de mim, assim bem lá do fundo da cabeça e do coração :)
E ainda no outro dia ouvi que os bons escritores (e aqui já não falo de mim que sou amadora) escrevem sobre aquilo que viveram...
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"only through art can we emerge from ourselves and know what another person sees"...é o Proust que o diz!:)
não conhecia o trabalho desse fotógrafo mas adoro a terceira imagem.
boas férias colega!:)
nop. não gosto....:(
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