quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Engrenagens de mim...

Há dias incolores... fases em que passam... indistintos... clones do nada...


O despertador... um acordar mecânico... semblante sem expressão...
uma golfada de ar com pretensões de vida...


Uma chapada leve de água... outra mais leve ainda... Rádio. Toalha. Roupa interior. Um duche... a água não tem temperatura... a musica não entra nos ouvidos, a água não penetra os poros... secar... olhar o espelho... a mesma figura, igual...
Pão. Faca. Manteiga. Fiambre. Leite... o sabor não tem gosto...


Transportes. Pessoas. Detalhes. Conversas perdidas. Trabalho... convívio treinado... ausência, estado de ausência... Almoço. Passos. Actividades. Pessoas. Conversas e ruído... coisas...
final da tarde... coisas... refeição... pessoas... noite...


Há dias que são intenções... são aquilo que um dia seria se o fosse... são espuma e vapor...


Há dias em que apenas respiro... ligado a uma máquina...


Engrenagens de mim...


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